quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lembro-me como se fosse hoje, tu e a minha mãe, e até mesmo o meu pai, sempre me disseram: "segue os teus sonhos, torna-te quem queres ser, mas não desistas." . Mas de que vale seguir os meus sonhos, me orgulhar de mim mesma, se tu nem sequer estás aqui para ver o quanto cresci, se nem sequer estás aqui para bater palmas e dizer o quanto te orgulhas de mim? Quando era pequena era tudo mais fácil, as saudades não doíam tanto, as lembranças nem na minha memória ficavam, e quando chorava ou era porque queria uma boneca, ou porque tinha cortado o cabelo a uma barbie , e tinha cortado demasiado, agora não, posso estar feliz, posso-me aguentar todos os dias, mas ainda há dias em que nada parece estar certo só porque faltas tu, se calhar porque nunca te dei o devido valor antes de partires. Sempre tive sonhos. Sonhava as cinco anos, em ser educadora de infância, porque gostava de passar tardes e tardes a observar as educadoras de infância que estavam lá no infantário, aos sete mudei, queria ser bombeira porque ouvia demasiadas noticias, ouvia demasiadas histórias sobre o meu avô que tinha seguido essa profissão, mas desde logo percebi que se queria formar uma família, não os queria deixar preocupados, aos doze, queria ser policia, porque todos os meus amigos já tinha sido assaltados e não achava justo, pensava que eu mesma podia mudar isso, quando me apaixonei pelo "pearl harbor" aos quinze queria ir pro exercito, sempre me tinha fascinado, tal como ainda hoje me fascina. Agora as dezoito, já não encontro nenhum desses sonhos, alias, se eu pudesse trocar um ano de vida por um dia contigo de novo, trocava, posso ser injusta , porque se calhar o lugar onde estas agora é bem melhor, mas aconchegado para ti, mas eu não consigo! Já se passaram quase quatro anos, desde que queria ir pro exercito, e desde que te perdi, e em nenhum destes anos tu saíste da minha vida, penso sempre como seria se aqui estivesses, como seria se as minhas vitorias fossem as tuas, e as tuas as minhas, mas não adianta porque nada de tráz de volta a nós. da guarda a olhar por mim, e assim tornasse mais fácil. Se soubesse que iria doer tanto nunca te tinha deixado sozinho nos últimos dias, se eu ao menos soubesse que eram os últimos dias ... nunca me esqueço, nem nunca me esqueci de ti, desculpa * Não te deviam de ter levado para longe, e se levaram tento pensar que se calhar precisavam de um anjo

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